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Resultados de estudos e próximas ações para obra de revitalização do rio Juqueriquerê são apresentados à comunidade

Resultados de estudos e próximas ações para obra de revitalização do rio Juqueriquerê são apresentados à comunidade

Foto: Cláudio Gomes / PMC
Na última sexta-feira (23/03), a Prefeitura de Caraguatatuba apresentou aos moradores pescadores e proprietários de marinas do bairro Porto Novo, os resultados dos estudos realizados para implantação do projeto de Estabilização e Revitalização do Rio Juqueriquerê. A reunião aconteceu às 18h30, na EMEF Profª Maria Aparecida Ujioa e contou também com a presença de secretários e vereadores.
Este foi o segundo encontro sobre o tema realizado no bairro. “O prefeito Aguilar Junior traz um modelo de gestão transparente, por isso viemos apresentar para a população os dados coletados até o momento e falar das próximas fases deste importante projeto”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Marcel Giorgeti.
O objetivo dos estudos prévios é a definição das principais características da obra de enrocamento do rio, principal componente do projeto de revitalização. O enrocamento consiste na construção de um maciço composto por blocos de rocha compactados, que tem a finalidade de regularizar as margens do rio, reduzir o assoreamento e garantir melhor escoamento das águas.
A exposição foi realizada por integrantes da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), formada por docentes e pesquisadores da Escola Politécnica da USP, sendo feita em duas partes: na primeira, Bauer Rodarte Rachid (graduado em Oceanografia pela UERJ e mestre em Oceanografia Biológica pela USP) apresentou os dados técnicos do projeto e as etapas dos estudos, que incluíam um grande resgate histórico do Rio Juqueriquerê.

Foto: Cláudio Gomes / PMC
Bauer também destacou importantes dados coletados como informações de ondas, marés e correntes, colhidos no verão a partir da instalação de um aparelho perfilador hidroacústico de correntes, conhecido como ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler), amostras de sedimentos, análises químicas, batimetria e perfis de praia. “Agora passamos para os próximos passos que são a coleta de dados de ondas, marés e correntes no inverno, a implementação de modelos hidrodinâmicos e transportes de sedimentos e estudos para alternativas de geometria do enrocamento”, explicou.
Um dos dados destacados foi o estudo de sedimentos. “Durante a obra, será necessária a realização de uma dragagem e constatamos que não há nenhum risco de contaminação, portanto, o procedimento pode ser feito sem causar danos ao meio ambiente”, finalizou.
A segunda parte da apresentação foi mediada por Moyses Gonsalez Tessler (oceanógrafo formado pela USP e perito, consultor e professor de meio ambiente e geólogo com grande experiência em oceanografia geológica). Tessler tirou dúvidas e conversou com a comunidade sobre os processos de licenciamento e a realidade do rio. “Precisamos saber qual é o Juqueriquerê que vocês querem. Precisamos entender as necessidades da comunidade e a realidade do dia a dia para que possamos chegar a melhor solução de enrocamento para a obra”. O oceanógrafo solicitou que a Comissão de Acompanhamentos, formada por moradores, coletasse informações sobre a profundidade ideal da barra, o calado e boca dos maiores barcos que navegam no rio, entre outras questões. “Isso vai contribuir para que a obra gere um impacto extremamente positivo para a comunidade. Estamos unindo tecnologia, conhecimento técnico e a experiência das pessoas que vivem do rio”.
O material apresentado na reunião está disponível para download pelo link: https://goo.gl/MYR41F
A obra
Após a finalização dos estudos, a FDTE deverá apresentar um projeto com modelo ideal de enrocamento. A partir deste ponto, são iniciados os processos de licenciamento ambiental e obras.
A revitalização do Rio Juqueriquerê e a obra de enrocamento são um pedido antigo de moradores da região. Isso deve melhorar as condições para o desenvolvimento pleno do setor pesqueiro que explora o rio, já que atualmente, os pescadores sofrem com dificuldades de navegação em maré baixa. Além disso, deve de auxiliar no incremento da atividade náutica e no impacto de drenagem do bairro em períodos de chuvas.
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