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Fórum do Conselho da Condição Feminina abre Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Fórum do Conselho da Condição Feminina abre Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
A Prefeitura de Caraguatatuba iniciou na quinta-feira (25) a Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, em cerimônia realizada na Câmara Municipal, com o Fórum do Conselho Municipal da Condição Feminina.

#PraCegoVer: Autoridades sentadas na plenária da Câmara, vestindo camiseta rosa alusiva à Campanha (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
Participaram da abertura o vice-prefeito Dr. José Ernesto Ghedin Servidei; o presidente da Câmara, Tato Aguilar; a presidente do Fundo Social, Samara Aguilar; a secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc), Ângela Sbruzzi e a presidente do Conselho Municipal da Condição Feminina (CMCF), Cilmara Oliveira dos Santos.
Ângela destacou a importância da campanha para conscientizar e fazer com que as pessoas conheçam os tipos de violência e saibam como ajudar mulheres nessas situações. Também anunciou que está em fase de implantação a Casa de Passagem que irá acolher e dar proteção às mulheres que saem do seu lar e não têm onde ficar.
A presidente do CMCF agradeceu a participação de todos e disse ser um dia de marco na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Cilmara ressaltou os equipamentos públicos implantados nesta gestão de proteção às mulheres, o CIAM e o Pró-Mulher. “É uma luta, mas com o tempo estamos alcançando nosso espaço de respeito”, disse.

#PraCegoVer: Delegada vestida de preto durante palestra, ela segura um microfone e usa distintivo pendurado no pescoço (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
Para o presidente da Câmara é inadmissível nos dias de hoje ainda ver notícias de mulheres que sofrem agressão dos seus parceiros. Tato reforçou sobre a criação da Lei 2.495 de sua autoria, em 2019, que instituiu o ‘Agosto Lilás’ no município, pela conscientização da não violência contra a mulher. “Temos que nos unir e fortalecer para conscientizar todos sobre a importância de denunciar esses crimes. Ser ativista é necessário”.
Samara Aguilar contou uma situação que viveu no passado onde presenciou uma briga de casal e, como diz o ditado popular ‘em briga de marido e mulher, não se mete a colher’. “Essas manifestações servem para isso, para que todos entendam como funciona a rede de atendimento e saibam como agir. Fico muito feliz como Poder Público de ter a oportunidade de fortalecer e ajudar nesta luta e torço para que daqui a alguns anos seja um assunto ultrapassado”, disse a presidente do Fundo Social.

#PraCegoVer: Participantes sentados no auditório da Câmara (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
O vice-prefeito Dr. José Ernesto destacou o serviço do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam) que durante quatro anos atendeu 454 mulheres. “É uma realidade que ocorre diariamente com as mulheres e muitas vezes desconhecem os serviços oferecidos e como denunciar. Uma mulher é agredida fisicamente a cada dois segundos, é um número assustador e precisamos nos mobilizar sempre para que essa realidade mude”, disse.
No decorrer dos trabalhos, a delegada da mulher, Dra. Patrícia Casanova Crivochein, falou sobre os tipos de violência contra a mulher e apresentou números, onde o Brasil está no 7º lugar entre 84 países no ranking do feminicídio.
Em 2020 foram 1.338 casos, um aumento de 2% em relação a 2019. “Em Caraguatatuba, apenas entre julho e agosto deste ano, a cidade registrou um aumento de 400% no número de feminicídios devido aos trágicos episódios com a morte de três mulheres da mesma família e em pouco tempo outra uma mulher assassinada”.
A delegada explica que os números aumentaram em comparação com os outros delitos porque tal crime é de difícil ocultação, já que quando o cadáver é encontrado, as autoridades passam a ter conhecimento do fato independente da comunicação. “Isso mostra que a violência estava ali acontecendo, só que a mulher deixava de efetuar a comunicação por medo do agressor”, explica.

#PraCegoVer: Psicóloga Jaquelina durante apresentação na plenária, está em pé, segurando microfone e veste macacão verde (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
Em seguida, a psicóloga do Pró-Mulher, Jaquelina Teixeira, apresentou sobre os ciclos de violência contra a mulher. A fase 1 é a evolução da tensão, onde o agressor demonstra irritação com assuntos irrelevantes; logo vem a fase 2, explosão incidente de agressão, quando ele perde o controle e violenta a mulher e por último a fase, Lua de Mel, comportamento gentil e amoroso, ele se arrepende e promete mudanças, tornando-se mais carinhoso. Neste momento, a vítima muita vezes desiste do boletim de ocorrência e não consegue mais quebrar este ciclo, onde futuramente volta a ocorrer.
A secretária adjunta da Secretaria de Saúde, Derci Andolfo, explicou sobre o Fluxo de Atendimento da Saúde e a importância do primeiro atendimento. É neste momento que ela tomará as decisões quanto a permanecer na relação de violência ou buscar novas saídas. “É necessário que a vítima documente a situação, pois só com as notificações podemos entender a realidade do nosso município”, disse.

#PraCegoVer: Secretária Derci durante apresentação na plenária, está em pé, segurando microfone e blusa rosa e calça branca (Foto: Cláudio Gomes/PMC)
Derci também falou sobre o serviço do Protege, que faz escuta especializada às crianças e adolescentes vítimas de violência. “Temos um setor que atende individualmente cada um, com acompanhamento médico e psicológico para minimizar o sofrimento vivenciado”.
Por último, a diretora da proteção especial da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, Carmem Landin, apresentou o Fluxo de Atendimento por parte do social. Ela explica que o fluxo foi construído com diversas secretarias e com o Ministério Público, permitindo identificar os caminhos necessários de atendimento à mulher vítima de violência, com preenchimento da ficha de notificação de violência, boletim de ocorrência e os encaminhamentos para os outros serviços. Carmem divulgou o plantão do Creas, que também atende estas situações. “Violência é uma questão de todos, inclusive da sociedade”, disse.
Quem quiser assistir o evento na íntegra, ele está disponível no link: https://tinyurl.com/fkur49jr. Para saber a programação completa dos 16 dias de ativismo, confira na matéria: https://tinyurl.com/yk2fc7w4.
A Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é desenvolvida pela Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania e o Conselho Municipal da Condição Feminina.
Serviço:
– CIAM – Avenida Cuiabá, 400, Indaiá – Telefone: 3883-9908. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. Plantão Creas: 12 99651-6185.
– Delegacia de Defesa da Mulher – DDM – Avenida Maranhão, 341 – Jardim Primavera – Telefone: 3882-3242 – Horário de atendimento: Segunda a sexta, das 9h às 18h
– Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas – Rua Senador Feijó, 165 – Jardim Aruan – Telefone: (12) 3886-2960 – Horário de atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 17h
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